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Elogio da linha



“É preciso pensar com as mãos e não apenas com a cabeça.” (Jean-Luc Godard)

“Tudo o que age é uma crueldade.” (Antonin Artaud)

Filho de costureira e bordadeira, foi minha mãe quem me aconselhou a bordar durante a pandemia para « desanuviar » a cabeça. A linha, a agulha e o papel foram o material, o instrumento e o suporte de uma aventura poética com a forma e a geometria, com esses fios, pontos, furos e linhas que tecem a vida, a linguagem. Esses desenhos garantiram a minha sanidade em tempos tão difíceis e me propiciaram um novo modo de relação comigo mesmo, com o mundo, o silêncio, a solidão, a imaginação e o tempo. (A.L.)



raios, estalagmites, eletrocardiogramas
linha de algodão, papel mata-borrão
36 x 29 cm
2021



formas simples I
linha de algodão, papel mata-borrão
36 x 29 cm
2021



formas simples II
linha de algodão, papel mata-borrão
36 x 29 cm
2021




formas simples III
linha de algodão, papel mata-borrão
36 x 29 cm
2021

projeto found footage super 8 : arquivos e ficções

pesquisa, direção, produção, roteiro e  montagem de filmes feitos a partir de uma coleção de filmes amadores, rodados nos anos 60 e 70 em película super 8 sem som, contendo arquivos pessoais de filmes de viagem em diversos lugares do mundo (alaska, marrocos, tanzânia, quênia, veneza, saint maurice, ettal, holzing, canadá e outros).

iniciei em 2017 a digitalização dessas imagens no laboratório mediacapture em paris. elas naturalmente direcionaram meu foco de interesse pelas relações entre montagem, arquivo super 8, esquecimento  e ficção. 

em 2019, realizei o curta-metragem ilhas pribilof, com um único rolinho de 3 minutos e meio, utilizado tal como ele foi rodado, sem alterar as sequências de imagens, sem editá-las, sem cortes. um micro-conto com desfecho trágico e enigmático, em que a narrativa se elabora segundo a perspectiva animal, e cujos personagens principais são os gritos dos leões marinhos do alaska, em extinção.

viagem ao marrocos é o segundo filme desta coleção. uma homenagem ao poeta paul bowles,  através de uma dança livre e envolvente entre as narrativas visual, verbal e sonora. um elogio da amizade.

atualmente, estou trabalhando na montagem de um novo filme, que será um longa-metragem inteiramente em super 8.

o projeto found footage super 8 está sendo produzido pela relâmpago (br) e les films du coquelicot (fr).








       


viagem ao marrocos

12 minutos   super 8 found footage   ficção experimental   brasil frança   2020  

viagem ao marrocos é o segundo filme de uma série iniciada com arquivos em película super 8, sem som. A partir de imagens do Marrocos registradas nos anos 60, textos do escritor Paul Bowles, música tradicional marroquina e um minucioso desenho sonoro, um narrador inventa uma memória para essas imagens, recodifica o seu sentido. Um filme-ensaio sobre a experiência da viagem no plano geográfico, onírico e metafísico. A viagem é um pretexto para falar de outras culturas, olhar para a diversidade, mas viajar para visitar um amigo pode significar uma despedida.

direção roteiro montagem   andré lage
voz   christoph morais fortmann
montador assistente   victor galvão
desenho de som   o grivo
finalização de cor   leo gael
arte gráfica   victor galvão
export e dcp   zefini
produção executiva   andré lage
produção   relâmpago (br) e les films du coquelicot (fr)


exibições e prêmios

FIVA (festival internacional de video arte) pelotas 2021
6 TIMELINE - festival de arte eletrônica de belo horizonte 2021
melhor curta documetário estrangeiro (best foreign retro documentary short film), RAGFF (retro avant garde film festvial) veneza 2021
16o curta8 festival internacional de cinema super 8 de curitiba
10 analogica festival bozano itália











ilhas pribilof

4 minutos   super 8 found footage  ficção experimental   brasil frança   2019

imagens pessoais, registradas em uma câmera super 8, sem cortes e sem som, oferecem-se ao trabalho da memória. um ensaio sobre a vida e sobre a morte, à beira-mar, na costa do Alaska. a partir de um gesto muito simples, quase desconcertante, o filme retoma as imagens do passado e maneja sua capacidade de dar a ver, rever, prever. enquanto os bichos se reúnem e separam, os amigos que se foram se reencontram. (hannah serrat, catálogo 21o festcurtas belo horizonte)

um micro-conto com desfecho trágico e enigmático, em que a narrativa se elabora segundo a perspectiva animal, e cujos personagens principais são os gritos dos leões marinhos do alaska, em extinção.

direção roteiro montagem   andré lage
voz   christoph morais fortmann
montador assistente   victor galvão
desenho de som   o grivo
finalização de cor   leo gael
arte gráfica   victor galvão
export e dcp   zefini
produção executiva   andré lage
produção  relâmpago (br) e les films du coquelicot (fr)


exibições e prêmios

16o curta8 festival internacional de cinema super 8 de curitiba
23o mostra de cinema de tiradentes  sesc cine-lounge
21o festival internacional de curtas de belo horizonte
5o festival de cinema de três passos   mostra olhares sensíveis
timeline 5 festival internacional de video arte de belo horizonte









       


littré tomo 1

65 minutos   4k   brasil frança   2019

um único plano e uma única ação: folhear um dicionário francês, manuseá-lo folha a folha. no percorrer dessas páginas, 700 desenhos regidos pela lógica do impulso, da pulsão e da compulsão.

conceito desenhos e direção   andré lage
câmera e som   victor galvão
produção executiva   andré lage
produção   relâmpago e les films du coquelicot

exibições

circuito polímatas   universidade federal de minas gerais.





       


nossas montanhas que restam, 2020

paisagens típicas do quadrilátero ferrífero de minas gerais: montanhas, serras, morros, picos e colinas; caminhos de pedra, rochas de minério de ferro e manganês, vestígios do ciclo do ouro; rica vegetação em clima árido, matas de galeria, campos rupestres no topo das montanhas; flores minúsculas em abundância, flora peculiar, cerrado ambiente, nascentes.

fotografias em médio formato realizadas durante a quarentena de 2020 no entorno de belo horizonte, nas regiões da serra da moeda, serra da calçada, retiro das pedras, serra do rola moça, vale do sol, são sebastião das águas claras.





pico do itacolomi de diferentes pontos de vistas; morro da queimada, morro de santana, morro de são sebastião em ouro preto; morro da cartauxa em mariana, novembro 2020




marouane zen, o pescador
casablanca
2019




mercado central, medina
casablanca
2019

peixaria do mercado central, medina de casablanca, vendedor de frutas, jovens padeiros, motocicletas





mesquita hassen II, vendedora de peixes
casablanca
2019  




       

necrópole fenícia
tânger
2019

surpreendente vestígio histórico, a necrópole fenícia de tânger é o tema desta série. escavadas na rocha entre os séculos IV e I a.C., as tumbas da nécropole resistem ao tempo, ao descuido. esse sítio arqueológico é o lugar predileto dos habitantes de tânger, que vão para contemplar as vistas deslumbrantes do estreito de gibraltar e da espanha. a presença dos corpos e o enquandramento sugerem uma ideia de encenação, uma narrativa a ser imaginada pelo próprio espectador.


      



beit hahayim, o cemitério judeu
tânger
2019

silêncio, pedras e palmeiras compõem a paisagem de  beit hahayim, o cemitério judeu de tânger. retrato de um coveiro.

littré


















































































































 













prisões
240 desenhos sobre páginas do dicionário littré  
bastão à óleo, 21 x 26 cm








dança
animação, 120 desenhos sobre páginas do dicionário littré



       




bichos



pastel seco 12 x 8 cm 2018

 

nanquim 42 x 60 cm 2019


os desenhos das séries bichos (pastel seco) e bichos (nanquim) foram todos feitos de uma só vez, através de um único impulso criador. são desenhos instantâneos, gestuais, cujas formas e linhas criam movimento, ritmo. São também um processo de escrita, uma proto-escrita. a maneira livre e solta de desenhar, o desenho como gesto e ritmo, e os diálogos com arte rupestre e o cinema (organização sequencial e decomposição do movimento) são as principas caracteristicas da série.




       

bestiário I



               
pastel oleoso 20 x 30 cm 2016



       
   
bestiário II



pastel oleoso 20 x 30 cm 2018     

         





pastel oleoso 28 x 21 cm  2017



       
galináceos



















pastel seco 2016



       

flores




bastão de óleo 31 x 41 cm 2018


bastão de óleo 28 x 32 cm 2018



bastão de óleo 28 x 32 cm 2018

o traço, orgânico e sinuoso, e a repetição de formas por meio de gestos simples, são características dessa série.




       

botões



nanquim sobre envelope 2019



       
álbuns



bastão de óleo  20 x 12 cm  2019



pastel oleoso 24 x 19 cm 2018


recorte em vinil adesivo 33 x 25 cm 2017



       

planetas






48 desenhos óleo sobre papel 11 x 18 cm 2016



       

paisagens #1



paisagens #2



vegetais





black matisse (em processo)
serigrafia sobre papel manilha
66 x 48cm




rua carangola, na altura da antiga fafich, santo antônio
08 de julho de 2021 

rua carangola, na altura da antiga fafich, santo antônio
08 de julho de 2021  

 rua primavera, santo antônio
08 de julho de 2021

rua cristovão colombo, savassi
08 de julho de 2021

rua  sergipe, Scorpion
08 de julho de 202


dragão  
4 serigrafias  29 x 36 cm   2021

edição de 5
assinada, numerada, datada
impresso por adriano oliveira, na cyco.idea


       



passarada e samambaias 
4 serigrafias 29 x 36 cm   2021

edição de 7 
assinada, numerada, datada
impresso por adriano oliveira, na cyco.idea

       


ilhas pribilof
livro
14,5x10cm, 50 páginas
projeto gráfico victor galvão
belo horizonte, 2020


       


bichos
livro
14,5x10cm, 99 páginas, 120 exemplares
projeto gráfico preto matheus
impressão impressões de minas
SQN biblioteca, belo horizonte, 2019
isbn 978-85-63612-71-7

reportagem de lançamento do livro, na feira textura, no verão arte contemporânea, belo horizonte, fevereiro de 2020 [pdf]