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Elogio da linha



“É preciso pensar com as mãos e não apenas com a cabeça.” (Jean-Luc Godard)

“Tudo o que age é uma crueldade.” (Antonin Artaud)

Filho de costureira e bordadeira, foi minha mãe quem me aconselhou a bordar durante a pandemia para « desanuviar » a cabeça. A linha, a agulha e o papel foram o material, o instrumento e o suporte de uma aventura poética com a forma e a geometria, com esses fios, pontos, furos e linhas que tecem a vida, a linguagem. Esses desenhos garantiram a minha sanidade em tempos tão difíceis e me propiciaram um novo modo de relação comigo mesmo, com o mundo, o silêncio, a solidão, a imaginação e o tempo. (A.L.)